10 junho, 2009

Catálogo # 2

Como o dia dos namorados vem vindo, hoje temos um especial da série “Catálogo”, só com filmes de amor. Se você é mulher e gosta desse tipo de filme (a maioria gosta), provavelmente vai apreciar a lista. Se você é homem, tenha calma, eu juro que não vai doer nada, dê um voto de confiança (você ainda marca uns pontos extras com sua parceira).

Um dos grandes pesadelos de nós homens é ter que assistir aos filmes de amor açucarados que as mulheres costumam escolher. Não quero menosprezar a inteligência das mulheres por terem o coração maior do que o cérebro, até porque os homens, em sua maior parte, além de não terem coração também não têm cérebro, o que nos deixa em grande desvantagem...

De todo modo, acredito que os filmes abaixo podem satisfazer mulherzinhas e machões, pois as suas doses cavalares de amor não sacrificam aquilo que os filmes devem ter de melhor: uma história boa e bem contada. Acompanhe.

# Harry e Sally – Feitos um para o Outro (When Harry Met Sally, 1989. Direção de Rob Reiner. Com Billy Cristal e Meg Ryan) - O gênero comédia romântica é um dos que mais geram filmes ruins em Hollywood. A trama é sempre a mesma, as desavenças do casal são artificiais e nada verossímeis. Mas com Harry e Sally a coisa é bem diferente. Um dos grandes expoentes do gênero, este filme memorável coleciona diálogos inteligentes e humor refinado, numa história sobre relacionamentos que explora a guerra dos sexos e os limites entre a amizade e o romance.



# Antes do Amanhecer (Before Sunrise, 1995. Direção de Richard Linklater, com Ethan Hawke e Julie Delpy) - Eles se conhecem por acaso numa terra estrangeira para ambos e se apaixonam num só dia. A química entre os dois personagens é estabelecida pelo diálogo que eles mantêm ao longo de todo o filme. Recomendadíssimo!







# Antes do Pôr-do-sol (Before Sunset, 2004. Direção de Richard Linklater, com Ethan Hawke e Julie Delpy) - Bela continuação do filme anterior. Agora eles exploram o hiato deixado no final do primeiro filme. Talvez alguns fiquem frustrados com este, por subverter as expectativas mais comuns, mas basta um pouco de imaginação para que o final seja encarado com bons olhos.





# Wimbledon – O Jogo do Amor (Wimbledon, 2004. Direção de Richard Loncraine. Com Paul Bettany e Kirsten Dunst) - Como em toda comédia romântica, aqui não há sequer uma novidade, você já saberá de tudo o que vai acontecer desde o momento em que olhar para capa na estante da locadora. Isso não significa, contudo, que o filme não seja eficiente e interessante e acrescente idéias novas à fórmula. Não se engane com o subtítulo horroroso, pois vale a pena ser visto.





# Simplesmente Amor (Love Actually, 2003, Direção de Richard Curtis. Com grande elenco) - O mesmo vale para este filme. É previsível, mas satisfatório. Conta a história de vários personagens que têm em comum o fato de terem sido “infectados” pelo “vírus” do amor. Poderia ser um pouco mais enxuto, com uma ou duas subtramas a menos, mas isso não chega a ser um problema.





# Corações Apaixonados (Playing by Heart, 1998. Direção de Willard Carroll. Com grande elenco) - Da mesma maneira que em Simplesmente Amor, neste também existem várias subtramas. Os diálogos são bons, o elenco é excelente e a história funciona muito bem. Fica tudo suspenso até o desfecho da narrativa.






# Cidade dos Anjos (City of Angels, 1998. Direção de Brad Silberling. Com Nicholas Cage e Meg Ryan) - História de um anjo que se apaixona por uma mortal e decide abraçar a mortalidade para viver com a amada, dando a ela muito mais do que amor. Refilmagem do clássico Asas do Desejo, do alemão Wim Wenders, não deve ao original mais do que a sua importância histórica.





Se ainda não viu, experimente.


Update: Sempre que eu for lembrando um novo filme, vou acrescentando aqui, ok?

Diário de Uma Paixão

Despedida em Las Vegas
Brokeback Mountain
Quem Vai Ficar com Mary?
O Diário de Bridget Jones
Encontros e Desencontros
Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças
Tinha que Ser Você
Nosso Amor do Passado

Te Amarei Para Sempre
Agentes do Destino
Amor Sem Escalas
O Amor Custa Caro
Desejo e Reparação


6 comentários:

  1. Carácoles! O misantropo é romântico (rsrsrsrsrsrs)!

    E "Um amor para recordar" e "Antes que termine o dia", ficaram de fora?! Chorei pra carama com esses dois!... eu sou besta pra chorar com essas histórias de amores (im)possíveis! Logo eu, que não acredito mais no amor!

    Fantásticas as dicas, cara! Vou assistir.

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  2. Se todas as cartas de amor são ridículas, imagine os filmes...
    Se não os fossem não seriam filmes de amor.
    Mesmo os mais despojados, aqueles que insistem por 90 minutos em prender nossa atenção com diálogos inusitados, cenários clean(s), enredo moderninhocult, lá no fundo a música cresce e cá estamos nós, de novo, torcendo pelo romance.
    O bicho amor é assim, o filme amor idem.
    Estamos fadados a assisti-lo, vivencia-lo...entre o choro e o riso, haverá sempre um pulso apaixonado...reverberando...

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  3. Clédson: Como diria o Sr. Spock sempre que o Capitão Kirk apontava as emoções humanas do vulcano: “Não vejo razão para insultos, Capitão!” (rsrsrs). Romântico, eu? Conheço um monte de gente que garantiria o contrário...

    Ficaram de fora muitos filmes, pois não seria possível lembrar e comentar todos. No último corte eu retirei o belíssimo “Diário de Uma Paixão” (achei triste para a data), o arrasador “Despedida em Las Vegas” (também imensamente triste), o formidável “Brokeback Mountain” (havia incluído este para não me acusarem de preconceito, mas acabei excluindo por ser uma história triste, ainda que excelente), o engraçadíssimo “Quem Vai Ficar com Mary?” (por ser uma comédia, e não um romance), o interessante “O Diário de Bridget Jones” (pra ninguém confundir com sua horrível seqüência “No Limite da Razão”), o gracioso “Encontros e Desencontros” (fiquei na dúvida se agradaria ou não) o maravilhoso “Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças” (falo dele em outra ocasião) e mais alguns que agora já não lembro. Como toda lista, esta também tem de amargar as omissões...

    Quanto a “Um Amor para Recordar” e “Antes que Termine o Dia”, só posso dizer que não gosto desses filmes feitos deliberadamente pra fazer chorar (pra mim não funciona, pois eu não me comovo, só fico com raiva; só pra constar, tenho ojeriza a “Love Story” e sua frase “Amar é não ter que pedir perdão”, argh!). Também não gostei do “passe de mágica” de “Antes que Termine o Dia”. Embora ambos tenham seus méritos, posso garantir que os que eu indiquei não melhores (palavra de honra!).

    Abraço!

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  4. Morena: Minha querida amiga, sua presença torna este blog mais interessante!

    Concordo com o Pessoa e com você quando expande a regra dele. E digo mais: sem o ridículo que encerra, o amor não teria a menor graça. É por poder abraçar o ridículo sem o menor constrangimento que achamos o amor tão interessante. No mesmo embalo vão as cartas e, agora, os filmes de amor.

    Se tudo é, de antemão, ridículo, o que diferencia uns e outros é a maneira como este se apresenta, se há honestidade dos amantes e respeito dos cineastas.

    Grande beijo! Seja bem-vinda e volte sempre!

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  5. “ O amor que procura outra coisa a não ser a revelação de seu próprio mistério não é amor, mas uma rede armada, e somente o inaproveitável e nela apanhado.” Romantismo é efeito colateral do amor, portanto, ser, ou estar romântico, significa que de uma maneira, ou de outra, houve um contágio... Parabéns por isso! Rendo-me aos românticos, digo mais, para viver uns instantes de amor verdadeiro, eu também abriria mão da imortalidade.
    Bjos!

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Eu agradeço o comentário!